João Vasconcellos - escritor    

PENSÃO MARGARIDAS

POR JOÃO VASCONCELLOS

        Um relato real de alerta, 
         coragem e superação

 

“Seria o relato memorialístico de quem conheceu as entranhas de uma clínica psiquiátrica ou de dependentes químicos? Seria o embrião de um romance inortodoxo? Ou o esboço de uma novela escrita por alguém que transitou naquele sombrio e movediço espaço que se estende entre a loucura e a sanidade? Pouco importa. Mas de uma coisa não se duvide: trata-se, acima de tudo, de um pungente, autêntico e dramático libelo – ao qual, curiosamente, não falta às vezes uma dose de humor– contra o arrogante (e amiúde desumano) tratamento que se dá aos doentes mentais.”                            (Ivan Junqueira)

release

    

 

 

 

<p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:13.8pt;margin-bottom: 0cm;margin-left:7.1pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify">                Afinal, é possível voltar a levar uma vida 'normal' depois de ter sido diagnosticado como esquizofrênico? E se esquizofrenia não tem cura, como convencer o mundo, e principalmente a você mesmo, de que nunca teve essa doença, mesmo já tendo ficado quase três anos internado por conta dela? 

 

Foi lidando com essa questão, e incentivado por pessoas sensíveis que cruzaram o seu caminho, antes e depois das drogas e da clínica, como o sambista Paulinho da Viola e o imortal da Academia Brasileira de Letras, Ivan Junqueira – que assina o prefácio –, que o técnico em eletrônica João Vasconcellos resolveu escrever e tornar pública a principal parte da história de sua vida. O livro leva o nome de “Pensão Margaridas” (Editora Ponto Vital, 170 págs.), e nele, João retrata com detalhes os dois anos e sete meses que passou internado na extinta Clínica Margaridas, no Rio de Janeiro, entre o fim dos anos 80 e início dos 90.

 

Na época, ele foi diagnosticado de maneira incorreta – como só se saberia anos depois –, como esquizofrênico-paranoide, após ser internado para curar a dependência de drogas. “Entrar na Pensão era muito fácil; o difícil era sair. No início, eu acreditava que precisava mesmo daquele tratamento, mas nunca imaginei que fosse ser algo tão forte e a tão longo prazo. Lembro até hoje das doses altíssimas de remédios e de estar sempre meio fora do ar. Eles faziam até tratamento alternativo, com LSD homeopático. Somente três anos depois de sair da clínica, e por um incidente do ‘destino’, quando perdi minhas receitas, é que parei de tomar os remédios. E estou curado até hoje, mais de 20 anos depois”, relembra ele, que hoje é um empresário bem sucedido no ramo de manutenção de condomínios, e atende a quase 100 prédios no município do Rio. 



 No livro, João relembra desde a infância como órfão de pai aos seis anos de idade; fala da mãe sempre muito zelosa; e descreve a amizade carinhosa com Ivan Junqueira. Já na juventude, não tem pudor em revelar o momento em que começou a usar drogas e se tornar dependente.

 

Apesar da memória ter sido um pouco prejudicada, foi escrevendo que ele reviveu momentos emocionantes passados na clínica, incluindo amigos que se foram no meio do caminho. A morte de um deles virou notícia no Jornal Nacional e fez a dona da clínica ter seu CRM suspenso.

 

Passado o tempo, João reconhece que a dor deu lugar à alegria de viver, e por isso considerou fundamental revelar sua história, especialmente para alertar famílias que até hoje não sabem como lidar com a dependência dos filhos às drogas, e acreditam em diagnósticos simplistas e instantâneos, que na realidade só os afastam da real cura. “Não quero, depois de tanto tempo, fazer nenhuma denúncia; por isso até troquei os nomes dos envolvidos. O mais importante, para mim, é mostrar que, ainda que eu fosse doente mental, nada justificava tomarem minha identidade. E por isso, a tomei de volta, com toda a coragem, ao escrever este livro”.


 

Ficha técnica

Pensão Margaridas

R$ 35,00 

<span style="font-size:16.0pt;letter-spacing: .5pt">                                 Assessoria de Imprensa: Aline Salcedo e Renata Granchi